22/02/2015

Desaparecidos...

Certo dia assisti uma reportagem feita com Dona Vera, a fundadora de uma ONG intitulada Mães em Luta. A mesma faz um trabalho voluntário na ONG que tem sede em São Paulo tentando localizar pessoas desaparecidas. A filha dela, na época adolescente, está desaparecida a 24 anos. Ela, então, travou uma luta em prol das pessoas desaparecidas e nunca perdeu a esperança de encontrar sua filha.
Uma estatística me chamou bastante a atenção:
70% das pessoas que são encontradas através da ONG ou outras instituições são referentes a pessoas desaparecidas por terem problemas em casa (familiares e de uso de drogas, por exemplo). Já os chamados desaparecidos enigmáticos, os que a causa do desaparecimento é desconhecida, geralmente não são encontrados. O caso da filha de Dona Vera.
O tráfico humano tem estatísticas tão elevadas que fica atrás somente dos dados referentes ao tráfico de drogas. Até pessoas deficientes são alvo do tráfico humano para o tráfico de órgãos e também para serem exploradas como pedintes no trânsito.
No caso das crianças, quando são traficadas, a situação ainda é mais complicada. Como as mesmas não conseguem se comunicar e a fisionomia muda rápido com o tempo, torna-se muito difícil encontrá-las.
A situação é dramática! Geralmente, diante de um desaparecimento, a polícia não registra um BO de imediato. Espera-se no mínimo 48 horas.
Um recurso que tem facilitado na divulgação de pessoas desaparecidas é uma projeção digital em 3D feita pela polícia onde é possível fazer a reconstituição facial, considerando a idade dos mesmos no decorrer dos anos.
Dona Vera apontava que uma das principais dificuldades enfrentadas pela ONG seria o apoio, parcerias e voluntários que colaborem com a causa.
Outra questão, no caso das pessoas desaparecidas, por ser uma situação que não se configura como crime: a ausência de impunidade.
Na maioria dos casos, as vítimas são pessoas oriundas de famílias muito humildes. Falta informação e apoio! É uma luta feita de forma voluntária onde o principal fator motivador é a esperança. Independente do tempo, uma mãe, jamais desisti de um filho!

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