19/10/2015

Negros e Índios no Processo de Ocupação do território cearense

[Não há como discorrer sobre o processo ocupacional desses dois grupos (índios e negros) no estado do Ceará sem nos reportarmos as condicionantes que o ensejaram. Sendo assim, torna-se necessário e salutar lembrar das feituras ideológicas construídas e alimentadas cotidianamente por visão europeizante e, que na grande maioria das vezes é reforçada nos livros didáticos, ganhando a adesão docente de que no Ceará não há negros e por conseguinte inexiste índios. Segundo Henrique Cunha Júnior e Marlene Pereira dos Santos em artigo intitulado "População Negra no Ceará e sua Cultura", ano 3, n.11, 2010, e publicado na Revista África e Africanidades, "... a dificuldade sobre a abordagem das culturas de base africana nas culturas do estado é visto por nós como um problema ideológico, inserido nas relações sociais entre a população subalterna sinalizadas como afrodescendente e a população dominante referida como eurodescendente. Existem procedimentos de natureza de uma ideologia de negação da existência de população afrodescendente no Ceará marcada pela afirmação persistente de no estado não há negros".
Por tanto, a afirmação de "povos e comunidades tradicionais do Ceará" passa necessariamente por uma revisão historiográfica com um novo enfoque. Ainda de acordo com os autores supracitados, ao invés de estarmos procurando explicações sobre a civilização do couro e suas adjacências, devemos nos deter sobre as amplitudes das diversas culturas africanas das regiões da África Ocidental, Oriental e África do Norte e como se deu as relações destas como as demais partes do mundo.]

Para entendermos e compreendermos melhor a relação do povoamento de nossa localidade e de como se deu às nossas origens, ou seja, nossos antepassados é preciso começar uma grande pesquisa. São escassos os meios e fontes pelos quais poderíamos começar estas pesquisas.
Aqui em meu município temos o trabalho da Fundação Casa Grande que vem dá resposta a muitos questionamentos.
Saiba mais em:

Quando analiso os dados do Censo Demográfico 2010 realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística me deparo com a seguinte situação:
Dos 14.256 habitantes daqui de meu município, Nova Olinda, temos População residente - Cor ou raça - Parda 9.230 pessoas, Cor ou raça - Preta 799 pessoas e ainda 33 pessoas declararam-se indígenas.
Portanto, como nos formulários do IBGE não temos a opção negra para cor ou raça se formos calcular a população negra, o que devemos considerar?  Se formos calcular pela soma do número de pessoas que declararam ser de cor parda e de cor preta teremos uma população constituída por 10.029 habitantes (9.230 pardos + 799 pretos).  Sendo assim, a população negra de nosso município é equivalente a aproximadamente 70,35% do número total da população. O que é um número bastante considerável.

Fui buscar mais informações e desta vez junto a minha família. Um dos meus tios falou que a origem de minha família é indígena. Durante nossa conversa acabei por fazer uma gravação e quero compartilhar aqui com vocês! Segue o link do vídeo:

Penso que ainda temos muito a aprender para podermos nos considerar conhecedores das nossas origens e história!

3 comentários:

  1. Achei engraçado de a Lucélia se interessar muito pela sua origem, mas o certo é que eu também gostava de saber dos meus antepassados, e conhecer a minha origem. Mas vou me calando.
    Tudo de bom.
    António.

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  2. Estou apaixonado pelo seu
    blog, pelo que nele consta
    e por você, por isso faço
    questão se segui-los. Es-
    pero que você também me
    siga.

    Beijos, moça bonita. Beijos.





    .

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  3. Silvio,
    Agradecida pela visita e por estar seguindo meu Blog! Um abraço!

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